Uma breve história da bolsa

Iaí minha gente, tudo bem com vocês???


Hoje vamos falar da minha especialidade, a bolsa!

Inicialmente as bolsas eram pequenos sacos fechados por cordões, destinados a carregar moedas, coisas miúdas de uso pessoal ou pequenos objetos que as pessoas queriam que estivessem perto de si.

Em 1991 a múmia de Otzi, descoberta na Europa e conhecida como “homem de gelo” que viveu a mais de 5 mil anos, fora encontrada consigo uma pequena bolsa de couro, onde este carregava objetos necessários para fazer fogo. 

Com o passar do tempo e o hábito de viajar as bolsas foram se tornando cada vez mais utilitárias, variando seu tamanho, forma e materiais de confecção.

A partir de meados do século XX, tornaram-se itens indispensáveis de moda e a partir dos anos de 1960, com o início da febre das grifes e logos, começaram a possuir importância cada vez maior no mundo da moda. A bolsa Chanel em couro martelassado e com alças de correntes entremeadas com fita de couro (a famosa 2.55) tornou-se um ícone e percorreu incólume o século XX chegando ao XXI em materiais como jeans, e incontáveis cores e tamanhos. 

Nos anos 90 a italiana Prada conseguiu revolucionar esse mercado com um simples modelo de bolsa de nylon preto e logo cravado em um pequeno triângulo de metal. A partir dos anos 90, as bolsas de grife se tornaram sinônimo de passaporte social, reconhecíveis em qualquer lugar do mundo capazes de conferir o tão status desenhado pela burguesia. 

Por falar em bolsa, é como falar da própria feminilidade, uma vez que está associada ao órgão sexual feminino, da mesma forma que a gravata está associada ao órgão masculino. Graças a tal simbologia, a mulher sempre está avida (normalmente de maneira insconsciente) à novas bolsas e se possível, de grifes famosas para passar a ideia de prestígio e qualidade. Talvez também por isso, é que se considera tão indecoroso ao homem mexer em uma bolsa feminina. É como se a figura masculina estivesse tocando na intimidade da mulher. 

Segundo o “Disctionary of costume and fashion” o significado de bolsa é: 

Handbag: 1. Soft or rigid bag carried in hand or on arm. Size, shape, handle, etc. , depend on fashion. Used by womenas container for money and pocket-sized acessories. First popular about 1910 . 

Apesar da grande variedade de modelos 4 especialmente fundamentais, considerados inspiração para todos os outros modelos.


- Chanel 2.55


- LV speedy 






- Jackie O




- Birkin 


Existem ainda outros modelos que veremos a seguir:

- Tote: bolsa grande com duas alças . Outro modelos clássico de Tote é a Neverfull da Louis Vitton.



- Satchel: tem uma tampa, uma alça pequena, é uma alça grande


 

- Saddle: parece uma dela para cavalos 



- Messenger: maior que a Satchel e mais informal. Para usar atravessada, aqui chamamos de bolsa carteiro. Quando for muito pequena, chama-se Sling Bag.



- Hobo: bolsa grande, de ombro, com apenas uma alça que geralmente é a continuação da bolsa 



- Clutch: bolsa pequena, retangular, sem alça. Se for fina pode ser chamada de bolsa envelope



- Doctor: parece uma antiga maleta de médico. O modelo mais famoso é a Speedy também da LV.



- Minaudiere: é uma bolsa parecida com a clutch porém com pedraria, pode ser classificada como uma joia 



- Bucket: bolsa saco. Tamanhas médio com um cadarço de amarração e alça transversal.



- Baguete: bolsa proporcionalmente pequena, corpo e alça pequenos, usada de baixo do braço, pode ter a opção de regulador mas o mais comum é a com alça curta.



- Backpack: mochila pequena feita em material mais nobre que as esportivas 



- Barrel: traduzindo, é uma bolsa com formato de barril, costuma ser grande em tamanho. A LV tem um modelo bastante conhecido 



- Flap: a tampa é que fecha a bolsa. A chanel 2.55 é um bom exemplo 



- Crossbody: alça comprida para usar atravessado no corpo 



E me contem aqui, vocês conheciam todas essas denominações?

Espero que tenha gostado e até a próxima!



DICKEN, Mary Books - A dictionary of costume and fashion, Historic and Modern. Mineda, Nejw York. Dover Replications, INC. , 1999

GARCIA, Nina - As 100+ O guia de estilo quebrada mulher deveria ter. Tradução Fátima Santos , 2009, editora Best Seller Ltda, Rio de Janeiro 

SABINO, Marcos - Dicionário de moda, Rio de Janeiro, 2007, Elsevier.

Fotografia de Moda.


Olá pessoal, tudo bem com vocês?

Uma imagem diz mais que mil palavras é uma frase que provavelmente a maior parte das pessoas que usa internet e celulares conhece e sabe o que quer dizer.

Vivemos na era digital e nunca o apelo imagético foi tão forte quanto o da nossa era. A maior parte, se não todos os estabelecimentos comerciais já possuem sua página no Facebook e perfil no Instagram, isso porque para atingir a grande massa hoje não é mais necessário impressão de panfletos e carros de som (salvo o carro do ovo!) para divulgação dos seus produtos e serviços. Apenas seus perfis bem estruturados nas redes sociais é o suficiente para alcançar o público. 

Na indústria da moda não é diferente, na verdade ela foi a primeira e mais afetada de todas com essas transformações. 
Já que esse processo de divulgação parece mais simples onde que tudo cabe dentro de uma telefone celular, a quantidade de serviços cresce todos os dias de forma astronômica.  
Entretanto a maior parte dessas marcas, pequenas e grandes não atinge grande êxito porque muitas vezes a divulgação da marca não é aquela mais assertiva. Isso porque a imagem de divulgação muitas vezes não foi feita de maneira “correta”. Não que exista um certo e um errado mas é preciso conhecer o público e saber qual tipo de imagem atrai esse público. É aí que entra o papel do fotógrafo. Claro que ele não está sozinho, dentro de um editorial de revista por exemplo, existe uma equipe composta por stylist, diretor de fotografia, entre outras pessoas. Mas a questão aqui é que apertar o dedo na câmera não é uma tarefa assim tão simples quando o objetivo é uma imagem que realmente cause impacto.
 
Desde a pré-história o homem tem a necessidade de registrar imagens do seu cotidiano. Nas cavernas, com pinturas rupestres, os primeiros registros dos hábitos e costumes eram feitos.
Ao longo dos séculos, com a evolução da escrita, outras formas de registros foram descobertas; as pinturas tornaram-se cada vez mais populares.
Mas uma pintura, retrato ou registros demoravam meses, até anos para ficarem prontos. Em alguns casos, membros das famílias morriam antes do quadro ser concluído e o corpo só era enterrado depois que a pintura era finalizada.

Com isso houve a necessidade de que os registros fossem feitos de maneira mais rápida.
A fotografia é considerada uma das maiores invenções do século XIX e foi criada por Joseph Nicephore Niépce. Em 1816 Niépce começou a tentar "fixar" a imagem produzida por uma câmera obscura, que projetava uma cena em uma superfície usando os princípios da câmera pinhole, as vezes com espelhor e lentes.  Fez diversas experiênicias com materiais diferentes até conseguir reproduzir uma imagem da vista de uma janela, mas a imagem desapareceu quando foi exposta à luz do dia.



Depois de muitos testes e experiências, ele produziu uma imagem da vista de sua janela, exposta durante oito horas, gravada em uma placa de estanho, hoje considerada a primeira fotografia de verdade do mundo.
Em 1909 a Vogue francesa usa imagem reticulada para publicar suas primeiras reportagens de moda. Fotos do barão de Adolphe de Meyer mostram modelos em poses e situações naturais, artísticas e equilibradas.
Em 1918 Edward Steichen - formado em artes - destrói simbolicamente todas as suas pinturas e começa a fazer fotos de moda para a Vogue.
Na década de 1940 as revistas de moda mais importantes eram a Vogue e a Harper's Bazar. Nelas, era possível ver as grandes musas do cinema serem fotografadas pelos mais novos fotógrafos da época.
Com o avanço da tecnologia, além do equipamento fotográfico ganhar modelos mais modernos e com menos chance de erros, os profissionais começaram a se especializar criando novas profissões e dando ao universo da moda novas opções de mostrar seus produtos.
Atualmente editoriais de moda são fundamentais para divulgação da marca, seja ela por uma revista, site ou redes sociais.
Apesar disso, ainda se fala sobre a fotografia de moda numa ótica especializada e técnica.
Existem imagens históricas que foram usadas em campanhas publicitárias de moda para essas revistas e que foram imortalizadas por terem atingido além da qualidade, um nível de obra de arte.
Vejamos alguns exemplos:





Uma imagem bastante conhecida foi essa foto tirada para a revista Vogue Britain, onde o resultado foi tão satisfatório que posteriormente David Bowie a usaria na capa do seu 7º álbum nomeado Pin ups. O álbum entrou para os charts britânicos em novembro de 1973 e lá ficou por vinte e uma semanas chegando ao nº1. 






A modelo Twiggy se tornou modelo aos 15 anos, na Inglaterra, foi levada por seu agente Justin de Villeneuve, que a levou para os Estados Unidos onde ela atingiria o auge de sua carreira. Twiggy é considerada uma das primeiras grandes modelos e causou certo estranhamento por algumas pessoas por ser muito magra, que não era o padrão de beleza das modelos da época. 

As fotos abaixo são fotos feitas pelo fotografo Richard Avedon.


A modelo Dovima foi fotografada no meio de dois elefantes, por Richard Avedon para uma campanha da Dior em Agosto de 1955.
A modelo apareceu muitas outras vezes na revista. mas essa foto é considerada um marco na fotografia de moda.


A modelo Veruschka Von Lehndorff foi fotografada por Avedon em poses consideradas bastante incomuns na época.



A atriz Elisabeth Taylor dispensa apresentações. Considerada uma das atrizes mais bonitas do cinema de todos os tempos, protagonizou filmes como Cleópatra, Ivanhoé e Quo Vadis. Pela imensa beleza participou de muitos editoriais sendo considerada ícone da moda da época.
 
A foto abaixo foi feita pelo fotógrafo Helmut Newton.



A foto abaixo foi feita pelo fotógrafo David Bailey.



As fotos abaixo foram feitas pelo fotografo Cecil Beaton.






Um dos fotógrafos vivos mais conhecidos da atualidade é Mario Testino. Ele fotografou celebridades como a princesa Diana, Lady Gaga.



Espero que tenham gostado e até a próxima!

Pudor e Moda

Iaí minha gente! Tudo bem com vocês?  

Hoje falaremos sobre um assunto muito importante e que vai além das questões da Moda, que é o pudor.

Entre nós, na atualidade, o sexo feminino é muito mais adornado do que o masculino. Entre os povos não ocidentais como americanos, africanos orientais, no geral é o oposto. 



A imagem acima foi criada por inteligência artificial baseada em informações da cultura asteca. É possível perceber que a roupa dos homens tem mais enfeites, isso porque nessas culturas a figura masculina deve se enfeitar mais para impressionar suas possíveis companheiras.

Na classe dos animais, muitas espécies tem os machos com penas, pelos mais enfeitados do que as fêmeas o que normalmente serve para exibição na hora do acasalamento.





O pudor, por outro lado é visto com mais frequência entre as mulheres, e está provavelmente ligado, em bom número de casos, com vários tabus que afetam o sexo feminino em várias épocas (o parto, a menstruação). Esta diferença é capaz de afetar a relativa quantidade de roupas usadas pelos dois sexos. Onde o motivo de enfeite predomina, os homens são, como regra, mais amplamente vestidos; onde o pudor desempenha maior papel, usam mais roupas do que os homens.

Ao entrar numa igreja (cristã- onde o pudor é mais predominante) o homem deve remover o chapéu, enquanto a mulher deve conserva-lo ou pelo menos cobrir a cabeça mesmo que seja com um lenço ou um xale. Supõe-se que o excesso de roupas seja um desrespeito no homem, mas a nudez é desrespeito da mulher. A razão psicológica desta distinção é que provavelmente a transferência do exibicionismo do corpo para as roupas foi mais além no homem que na mulher. Em virtude desta transferência, o uso do chapéu seria considerado como uma orgulhosa peça de exibição, por parte do homem - exibição que contraria os elementos da humildade religiosa; enquanto que com a mulher, o correspondente sinal de desrespeito seria a exposição da cabeça descoberta; supõe-se que algo que cubra a cabeça cumpra as finalidades de pudor mais do que as de ornamentação. 

Entretanto em civilizações consideradas mais adiantadas, as mulheres há muito estabeleceram um direito de igualdade com os homens no que se refere ao enfeite.
Os psicólogos concordam que entre entre as mais importantes destas diferenças está a tendência da libido sexual a ser mais difusa na mulher do que nos homens, sendo que nas mulheres todo o corpo e sexualizado enquanto nos homens a libido é mais concentrada na zona genital; sugestiva ou objetivamente falando, isso é verdade, tanto aos mostrar o corpo como a evitá-lo. Assim a exposição de qualquer parte do corpo feminino funciona mais eroticamente do que a exposição da parte correspondente do homem, salvo unicamente no caso das genitais em si. Observa-se que se uma mulher possui quadris largos, tem-se sobre ela a ideia de fertilidade, a mulher que possui quadris estreitos "parece" star negando o desejo da reprodução, os seios a mostra sugerem tanto disponibilidade sexual quanto o poder do gênero feminino. Diante disso, não é surpreendente que as mulheres sejam ao mesmo tempo o sexo mais pudico e o mais exibicionista, já que tanto sua vergonha como sua atração se relacionam com todo o corpo.

A libido masculina, mais definitivamente concentrada no falo, pode mais facilmente encontrar, em vários ornamentos e trajes, um substituto simbólico para este órgão único; é mais difícil simbolizar, de modo semelhante , o corpo todo; ainda que esteja completamente coberto, deve restar alguma consciência de carne real sob as vestes.

No período do Renascimento europeu o homens usavam por cima das calças um adereço chamado codpiece, que servia para cobrir a região do falo, embora, muitas vezes fosse usado para dar ênfase à região e aparentar virilidade daquele que o usava.



Renato Sigurtá em seu texto "Delineamentos psicológicos da Moda Masculina" nos diz sobre p problema da diferença s entre os sexos pode-se dizer que, enquanto para a mulher a linguagem da roupa sempre foi uma alternativa de exibicionismo e pudor, o masculino foi sempre acima de tudo o simbólico. Isto parece dever-se ao fato que todo corpo feminino é vivido como apelo sexual enquanto para o macho há uma concentração desse apelo sexual no órgão genital. Enquanto a mulher portanto "diz sexo" toda ela, o macho, na impossibilidade de de recorrer à exibição específica, porque é exatamente demasiado "direta" se refugia ao símbolo.  

O que podemos aferir sobre o texto é que o pudor é mais severo e conservador sob o corpo das mulheres e mais flexível quando um homem se coloca na condição de "objeto " de desejo, mas o mais importante é que a mulher tem todo o corpo considerado desejável enquanto o homem, apenas a região fálica. Apesar disso, podemos perceber um movimento contemporâneo onde os homens tem exibido mais os corpos e se sentido mais figuras a serem desejadas. Esse movimento é reflexo, possivelmente, das lutas feministas e das conquistas das mulheres, visto que o movimento exige que ambos tenham os mesmos direitos.

Como disse Marcia Tiburi "O feminismo nos ajuda a melhorar o modo como vemos o outro. O direito de ser quem se é, de expressar livremente a forma de estar e de aparecer, sobretudo, de se autocompreender é ao que o feminismo no leva.

Espero que tenham gostado e até a próxima



BIBLIOGRAFIA:

FLÜGEL, J.C. - A psicologia das roupas. Tradução Antônio Ennes Cardoso. São Paulo: Editora Mestre JOU, 1966

SUIGURTÁ, Renato -  Psicologia do vestir. Tradução José Colaço. Assírio e Alvim, 3º edição 1989

TIBURI, Marcia - Feminismo em comum para todas, todes e todos. Rio de Janeiro, Rosa dos tempos, 2018. 7º edição.

SACOLAS X ECOBAGS

Olá pessoal, tudo bem com vocês?

Hoje vamos falar de um assunto super sério e que muita gente usa. No ano de 2009 a revista Super Interessante publicou uma matéria afirmando que o mundo produzia naquele período 1 trilhão de sacolas sacolas por ano. Só o Brasil nesse período produzia 12 bilhões de sacolas por ano e 80% delas eram utilizadas apenas uma vez.


As sacolas plásticas surgiram em meados dos anos 1950. Como não se degradam facilmente na natureza, grande parte delas ainda continuarão por mais 300 anos em algum lugar no planeta.

Por serem leves, elas entopem bueiros e esgotos causando enchentes e são encontradas em estômagos de animais marinhos, mortos por sufocamento.



Algumas redes de supermercado tem substituído (já a bastante tempo) o uso de sacolas por caixas de papelão ou cobrado pelo ítem a fim de criar consciência nos consumidores.

As sacolas plásticas descartáveis são gratuitas para os consumidores mas tem um custo incalculável para o meio ambiente.

As ecobags ficaram populares em meados de 2010 quando passaram a serem oferecidas como brindes por algumas lojas e supermercados.

Uma ecobag por sua vez dura em média 5 anos, se usada com bastante frequência. Cada uma delas é capaz de eliminar até 1000 sacolas descartáveis em sua vida útil.

Se você usa sua ecobag apenas 4 vezes na ida ao supermercado, já é o suficiente para que seu impacto ambiental se torne menor que a fabricação dela. Ela pode suportar o peso de até 8 sacolas de plástico.

Além disso, você pode usar a sua para muitas coisas, como ir a praia, escola, trabalho, etc. E podem ainda dar um ar super descolado para o seu visual, escolhendo modelos coloridos ou feitos de tecidos diferenciados.

Abaixo, alguns modelos da minha marca disponíveis no site 






Eaí, você já tem a sua?

Espero que tenham gostado, e até a próxima!


Polêmica: Kim Kardashian estragou o vestido que foi de Marilyn Monroe?

Oi pessoal, tudo bem com vocês?

Hoje vamos falar de um assunto polêmico que aconteceu a algumas semanas.

A influenciadora Kim Kardashian se envolveu em um escândalo graças ao fato de ter usado no MET Gala deste ano de 2022 emprestado o vestido de ninguém mais que Marilyn Monroe. O caso é que primeiro de tudo o vestido faz parte de um acervo que estava em exposição no museu Ripley's believe it or not  junto com outros itens que também pertenceram a atriz.



O vestido icônico foi usado para o famoso Happy Birthday Ms president , no aniversario do então atual presidente dos Estados Unidos John Kennedy que completava 45 anos naquele ano.




O vestido desenhado por Bob Mackie e feito pelo estilista Jean-Loius custou na época U$1500 (aproximadamente), e foi finalizado no corpo da atriz de tão justo que era. Uma outra curiosidade e´ que o vestido foi bordado a mão todo com cristais swarovski e foi usado no último evento de aparição pública da atriz, isso porque três semanas depois ela foi encontrada morta em seu apartamento. Antes do baile anual da Vogue no Metropolitan Museum o vestido estava avaliado em U$5 milhões.  

Quando a influenciadora decidiu usar o vestido, manteve toda a transação em segredo, mas especula-se que o valor do empréstimo custou em média U$14 milhões, e ela teve de emagrecer  (alguns disseram) 7 quilos (outros disseram 16 quilos) para caber no vestido.

A polêmica foi que no inicio do mês de Junho deste ano, imagens do vestido surgiram na internet mostrando que o vestido foi danificado pelo uso. Apesar da influenciadora só ter usado o vestido para atravessar o tapete vermelho, (isso já foi o bastante para fazer o estrago) depois o substituiu por uma réplica idêntica.




Quando as imagens do vestido surgiram na internet nem a influenciadora, nem o museu se pronunciaram, entretanto  os grandes canais de notícias direcionaram suas críticas para a Kardashian. Apesar disso, o público não ficou dividido e responsabilizou ambas as partes; tanto o museu quanto a influenciadora.

Kim Kardashian disse estar honrada ao usar o vestido, mas uma frase ainda mais estranha e que (na minha opinião) e´ a mais problemática foi que "e´ muito difícil ser Marilyn". 

Baseada nessa frase tiro minhas conclusões sobre todos esses acontecimentos:

1 - Kim Kardashian não tem nenhuma personalidade, achando que seria Marilyn apenas por ter tido a honra de usar o vestido da atriz.

2 - Ela (a Kardashian) deu uma mensagem muito clara ao usar o vestido que foi "eu tenho muito poder".

3 - O dinheiro realmente compra tudo, até num item de valor histórico.

4 - O museu perdeu toda a sua credibilidade quando emprestou o vestido, pois não respeitou o valor histórico do mesmo.


Espero que tenha gostado e até a próxima!



 

A COR NA MODA - Parte III - O Branco

Olá pessoal, como vocês estão?

No episódio de hoje, falaremos sobre o branco.




A palavra branco vem do germânico blank, que significa brilhante. Simboliza a luz e por isso não deve ser considerado cor, pois de fato não é. O branco é uma combinação de todos os comprimento de onda do espectro, mas como cor, na realidade , não existe.

Se para os ocidentais simboliza a vida e o bem, para os orientais é a morte, o fim, o nada. Representa também, para nós, ou para alguns de nós que segue a cultura ocidental, o vestíbulo do fim, isto é, o medo, além de representar o espaço.

Quando pensamos em branco, pensamos em pureza, inocência e feminilidade. O branco tem um apelo virginal no sentido de que é o símbolo da entrega. Branco é a cor do leite que a mulher produz, e também a cor do sêmem. O branco é livre de engano ou treva, é imaculado, limpo.

  

No período clássico, muito antes da raça "branca" ter sido inventada, o branco era a cor das nuvens em tempo bom  e das montanhas nevadas só no cume , onde os deuses habitavam. Era sagrado para Zeus: cavalos brancos conduziam sua biga, e animais brancos lhe eram oferecidos em sacrifício por sacerdotes vestidos de branco. Na religião cristã, está associada a pureza celestial, a páscoa e à ressurreição.

  • Associação material: batismo, casamento, neve, nuvens em tempo claro, cisne.
  • Associação afetiva: ordem, simplicidade, limpeza, reflexão, otimismo, paz, pureza, juventude, dignidade, divindade, harmonia.

O branco também é considerado a cor do status. Uma mulher em seu tailleur branco puro transmite a mensagem de que não precisa se preocupar em estragar a roupa branca limpa com trabalho duro. Em outras palavras, só aquelas pessoas que tem o lazer como estilo de vida podem se dar ao luxo de usar branco diariamente, até o advento das maquinas de lavar. 

Antes do século XX, a limpeza e a santidade não eram necessariamente associadas à saúde, e os médicos, com a intenção de parecerem sérios e competentes, usavam roupas escuras e sóbrias. A descoberta dos germes e da higiene, e a transformação da medicina de uma arte incerta para uma ciência incerta, mudou tudo. O médico deixou de ser uma espécie de artesão habilidoso que podia aliviar as nossas dores, mas nunca deveria ser convidado para jantar nas melhores casas; passou a ser uma figura de autoridade divina, um árbitro da vida e da morte. Esse ser endeusado adotou gradativamente uma indumentária branca imaculada, que hoje é o padrão dos membros dessa profissão. 


Sobre o uso do branco no vestido de noiva e sua origem pouco se sabe, mas alguns registros indicam que a rainha Mary Stuart, da Escócia, foi primeira que aderiu ao branco no século XVI. Uma das explicações para a escolha foi que Mary Stuart fez uma homenagem à família Guise, de sua mãe, que tinha a cor branca em seu brasão.






Já outro relato é sobre o casamento da rainha Maria de Médici, da França, no século XVII. Natural da Itália, Maria usou uma vestimenta branca, com detalhes dourados e com decote quadrado, causando rebuliço em toda corte francesa. Diz-se que, apesar de ser de ser uma tradição católica, ela se rebelou contra a estética religiosa que indicava o uso de cores escuras, geralmente preto, e vestidos fechados até o pescoço. Michelangelo atribuiu o branco do vestido de Maria de Médici à pureza da moça, que tinha na época apenas 14 anos.

Mas o amor romântico faz com que muitos atribuam a origem do vestido de noiva branco à rainha Vitória, da Inglaterra, no século XIX. Isso porque ela foi uma das primeiras da realeza a se casar por amor e em um esplendoroso traje, com vestido e véu brancos e sem coroa, o que também foi inédito. Por ser uma rainha, foi ela quem pediu o marido, o príncipe Albert, em casamento. 




Outro uso da cor branca que adotamos é no ano novo, e isso vem da África, quando as tribos utilizavam essa cor para representar a purificação espiritual e para homenagear Iemanjá na virada do ano. No Brasil, essa tradição teve início no local onde se comemora o réveillon mais famoso do mundo: Copacabana.

Em meados dos anos 70, praticantes do candomblé tinham o costume de comemorar a passagem do ano na praia mais famosa do Brasil, trajando branco e oferecendo flores para Iemanjá, a rainha dos mares, segundo a cultura afro. A festa sempre foi muito bonita e os demais frequentadores da praia ficavam encantados, o que fez com que as pessoas começassem a replicar o uso do branco nos anos seguintes, tornando-se uma tradição em todo o país.


 


        




Fontes:
BUCKLAND, Raymond - O poder mágico das cores. Tradução José Rubens Siqueira de Madureira - São Paulo: Siciliano, 1989.
FISCHER-MIRKIN, Toby - O código do vestir - Os significados ocultos da roupa feminina. Tradução de Angela Melim - Rio de Janeiro: RACCO, 2001
LURIE, Alison - A linguagem das roupas. Tradução Ana Luiza Dantas Borges - Rio de Janeiro: RACCO, 1997
FARINA, Modesto , PEREZ, Clotilde , BASTOS, Dorinho - Psicodinâmica das cores em comunicação. 5º ed. ver. e ampl. - São Paulo: Editora Edgard Blücher Ltda, 2006