A Moda atual é apenas uma cópia do passado?

Olá, tudo bem com vocês?

Sempre se ouve falar que a moda é inovadora e artística, entretanto acreditar nisso pode ser um grande erro.  Algumas fotos feitas atualmente são tão parecidas com fotografias de editoriais antigos que isso até poderia soar como plágio
, mas na maioria dos casos como esse tipo de imagem não tem direito autoral, ou, se mudada um mínimo detalhe, não pode ser considerada plágio, por isso a maioria das pessoas faz isso sem grandes problemas. A especialista em história da moda Lilah Ramzi percebeu essa forte influência que os editorias de décadas passadas têm sobre as tendências atuais. E para expor essa constatação, Ramzi comparou fotos antigas e modernas em seu blog chamado “Part Noveau”, uma expressão usada para caracterizar algo criativo que foi inspirado ou reapropriado por algo já inventado. Vejamos alguns exemplos:

 As atrizes da década de 20 continuam sendo inspiração até hoje.

 Atualmente muitas marcas tem feito releituras de modelos antigos. Na foto apenas o estilo da foto foi "copiada".


Os editoriais de moda eram raros nas revistas e fotógrafos de moda eram poucos. Grandes produções eram feitas para esses editoriais.



As capas das revistas eram muito criativas.



Nossa "pequena notável" foi inspiração para muita gente e continua sendo.






A foto de Richard Avedon é considerada clássico da fotografia de moda hoje.





Comparações com Audrey Hepburn são feitas até hoje, mas nenhuma se compara a ela (isso é a minha opinião).






Twiggy não podia faltar nas listas das copiadas. A atriz foi ícone na década de 60.






A cantora Cher sempre foi considerada ícone de moda a ponta de inspirar coleções inteiras com eu visual único e peculiar.





Madona também está entre os astros da música que inspiram moda.








A dica Elizabeth Taylor considerada ideal de beleza até hoje.




A maior parte das imagens são capas de revistas de moda, mas em alguns casos as fotos inspiram coleções completas. Na minha opinião a moda tem se renovado pouco e as décadas passadas são de uma particularidade tão única que hoje, é difícil se inventar algo, pois quase tudo já foi inventado. Um professor disse numa ocasião que quando a humanidade está saturada ela passa a "copiar" as coisas do passado. Repare como estão em alta, os brechós, a mobília vinatge, arquitetura antiga. Acredito que em breve teremos uma grande renovação no estilo de vida, pois a humanidade está saturada. 

Espero que tenham gostado e até a próxima!

Casual X Chique

Olá galera, tudo bem?

Andei vendo umas revistas e alguns editoriais de moda e reparei que nos últimos tempos tem se falado muito sobre a renovação do guarda-roupas e a própria ascensão dos brechós nos mostra isso.
Não existe mais aquele preconceito sobre as roupas antigas, muito pelo contrário, quanto mais "vintage" melhor. 
Por isso eu resolvi dar algumas dicas de como você pode usar suas peças de maneira completamente diferente sem precisar gastar nada, só mudando as combinações.
Com os complementos corretos as roupas da moda se multiplicam em diferentes combinações para o inverno. Para cada peça foi criado um visual casual e um chique. Confira abaixo e solte sua criatividade.

Calça casual:
Para deixar a calça mais descolada, combine-a com camisetas. A bolsa de alça longa reforça a informalidade.



Calça chique:
Usada com salto alto, a calça alonga as pernas. O casaqueto estruturado dá um ar poderoso.



Blazer casual:
Arregaçar as mangas é um truque de styling que deixa tudo mais informal. Como a peça cobre os quadris, prefira vestidos e saias acima dos joelhos.



Blazer chique:
A modelagem reta do blazer chama ainda mais atenção quando mixada com peças escuras. O metalizado da calça atualiza a produção.


Parka casual:
A parka é o casaco ideal para um dia de passeio com a família. Basta arrematar com peças descomplicadas, como a calça sequinha.


Parla chique:
Para sofisticar, combine com modelagens mais ajustadas ao corpo e salto alto. O contraste com o couro ajuda a modernizar. Equilibre a proporção acinturando a parka com um cinto largo.




Vestido casual:
Peças pesadas, como o trench-coat, ajudam a quebrar a delicadeza do vestido. Sapatos baixos reforçam a casualidade.



Vestido chique:
Acinturado por um acessório delicado e combinado com um salto alto e fino, o modelo fica perfeito para um casamento de dia.


Camisa casual:
A camisa branca e o jeans formam uma das duplas mais clássicas da moda. Atualize com um maxicolete, que deixa tudo mais moderno.



Camisa chique:
Fechada até o colarinho e usada com uma calça toda bordada com paetês, a camisa fica sexy e nada óbvia.



Saia casual:
O estilo descontraído da saia permite a combinação com o creeper, o sapato com plataforma reta que é a sensação do momento.


Saia chique:
Elegante, o blazer de veludo preto equilibra o espírito esportivo da saia. O salto alto deixa o visual antenado. 



Espero que tenham gostado, e até a próxima!

A COR NA MODA - Parte II - O Preto

Olá pessoal, tudo bem com vocês?

No segundo post da nossa série sobre cores na moda, falaremos hoje sobre o Preto.




A cor preta é a ausência da luz e corresponde a buscar as sombras e a escuridão. É a cor da vida interior sombria e depressiva. Estão associadas a ela morte, destruição, entretanto em outras situações sofisticação e requinte.
  • Associação material: sujeira, sombra, funeral, noite, fim, obscuro
  • Associação afetiva: mal, miséria, pessimismo, sordidez, tristeza, dor, melancolia, opressão, intriga, renúncia
Do latim niger (escuro, preto, negro, preto), nós utilizamos o vocábulo preto (que gera discussões inclusive!)
Considerado como clássico, quando combinado  com certas cores pode criar teor alegre, tem conotação de nobreza, seriedade e elegância.
Na corte espanhola, a cor preta se tornou popular para os dois séculos ali pelo século XVI, tanto para homens quanto para mulheres, isso porque era a cor que escondia melhor a sujeira, visto que os europeus não eram muito adeptos aos banhos. Usavam golas, lenços, chapéus brancos que davam o ar de ostentação. Em pouco tempo a moda se espalhou pela Europa e logo o preto já era popular na Holanda, Itália e Inglaterra. Mas como a moda é, foi e sempre será efêmera, "(...) quando todo mundo adota uma moda, ela logo deixa de ser exclusiva e excitante e se torna, primeiro, convencionalmente elegante, depois, meramente respeitável e, por fim, enfadonha. Esse foi o destino do preto espanhol." disse Alison Lurie em seu livro A linguagem das Roupas.




O preto como Luto:
O preto representa o "nada", a "ausência" e a "escuridão". No século XVI Anne da Bretanha deu origem ao costume de usar preto no luto, que dava um mar de tragédia e mistério. Outro exemplo foi a Rainha Vitória da Inglaterra que após a morte do marido, tomou o preto pra si, e fez luto até o fim da vida. (aliás, muita coisa que ela fez mudou a maneira de vestir e hábitos das mulheres, mas falaremos dela em outro momento).






O preto como ícone:
Posteriormente, ainda na Europa, Chanel inovou o guarda-roupa feminino não só com as peças mais leves e curtas, mas com as cores. Seus "tailers" eram sóbrios, de cores escuras (muitas vezes preta), quando bicolores, combinados também com cores neutras.
Em 1926 ela cria o primeiro tubinho preto que foi sucesso imediato.
Os estilistas deixaram seu legado com peças na cor preta, como Chanel, Balenciaga, Givenchy, Saint Laurent.



Daí em diante o vestido tubinho preto já não era mais sinônimo de luto e austeridade. Agora ele era prático, chique e moderno.
Na década de 1960 ele foi imortalizado pela maravilhosa Audrey Hepburn, usado no filme Bonequinha de luxo, criado pelo estilista Givenchy. 






O smoking andrógino de Saint Laurent, considerado icônico e transgressor.



Jacqueline Kennedy a esquerda no enterro no marido em 1963.



Lady Diana em 1994, com um dos seus vestidos mais emblemáticos, copiado por várias pessoas e ainda é até hoje.






O preto pode indicar também discrição, pode esconder sentimentos. Pessoas depressivas vestem preto, ou quando quando uma pessoa não quer demonstrar o que está sentindo veste preto, isso pode acontecer consciente ou inconsciente. Entretanto, combinado com outras cores pode gerar um efeito contrário, veja alguns exemplos:






Espero que tenham gostado, até a próxima.


Parte 1 - https://rafaelaraso.blogspot.com/2018/12/as-cores-influenciam-o-ser-humano-e.html


Fontes:
BUCKLAND, Raymond - O poder mágico das cores. Tradução José Rubens Siqueira de Madureira - São Paulo: Siciliano, 1989.
FISCHER-MIRKIN, Toby - O código do vestir - Os significados ocultos da roupa feminina. Tradução de Angela Melim - Rio de Janeiro: RACCO, 2001
LURIE, Alison - A linguagem das roupas. Tradução Ana Luiza Dantas Borges - Rio de Janeiro: RACCO, 1997


A sustentabilidade e a Moda.

Olá pessoal, tudo bem com vocês?

Dizem que Gisele Bündchen é daquelas que está sempre disponível para apoiar uma boa causa. Ela prestigiou um evento de gala promovido pela Rainforest Alliance, uma organização internacional dedicada à conservação das florestas tropicais, e chamou atenção com o vestido escolhido para a ocasião.
O modelo, um longo tomara que caia com fenda, era eco-friendly. Desenhado pelo estilista Jeff Garner, conhecido por suas criações sustentáveis, o vestido foi feito à mão e tingido com plantas. Gisele gostou tanto da peça que postou, em seu Instagram pessoal, um elogio ao designer: "Obrigada, Jeff Garner, por esse lindo vestido 'eco-friendly' feito à mão".
Jeff Garner é dono da marca Prophetik Clothing que, além de Gisele, já vestiu Miley Cyrus, Cameron Diaz e Sheryl Crow, entre outras famosas. Em suas criações, o estilista tenta unir a moda com o seu amor pelo meio ambiente e utiliza tintas orgânicas produzidas das plantas, lã de garrafas recicladas e fios naturais, como linho e cânhamo, fibra produzida por planta da espécie Cannabis.
O interessante aqui é de que maneira os estilistas da contemporaneidade tem encontrado maneira absolutamente sustentáveis de criar produtos inovadores e ecologicamente corretos.
Acredito que a moda mundial está passando por um momento de transição onde a inovação tem sido buscada com mais consciência.
Esperamos que esta mudança evolua cada vez mais e que o consumidor possa perceber a diferença entre os produtos e seja também um consumidor mais consciente. 


Gisele Bündchen posa ao chegar ao evento Rainforest Alliance Gala, no Museu de História Natural de Nova York, na noite da quarta-feira, 7 de maio de 2014






Espero que tenham gostado, e até a próxima.